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Foto do escritorLeticia Lima

Como sabemos que a arteterapia funciona?

A ciência por trás da arte




A arteterapia, uma forma de terapia que utiliza a arte para aprimorar o bem-estar emocional e mental, ganhou destaque nos últimos anos. Mas como podemos ter certeza de sua eficácia? Vamos explorar como os estudos atuais estão expandindo nosso entendimento sobre essa terapia.


Na pesquisa moderna, está se valorizando a integração de diferentes perspectivas e visões de mundo, como o feminismo, a teoria crítica e o pós-positivismo. Essa inclusão enriquece tanto a metodologia quanto a prática, trazendo uma abordagem mais completa e empática para a terapia.


É importante ter uma variedade de evidências para avaliar a eficácia da arteterapia. Isso inclui métodos qualitativos, quantitativos e baseados nas artes. Esse enfoque reflete a necessidade de que as formas de evidência sejam tão diversificadas quanto as próprias práticas terapêuticas, abrangendo desde dados estatísticos até experiências pessoais e expressões criativas.


Neste campo, promove-se uma reflexão crítica sobre pressupostos filosóficos e a necessidade de questionar estruturas e paradigmas dominantes. Isso leva a práticas mais inclusivas e equitativas, reconhecendo a diversidade de experiências humanas. O contexto cultural e histórico é também crucial. Compreender e respeitar este contexto garante que a terapia seja relevante e respeitosa com as experiências individuais dos pacientes.


Se você está começando a se familiarizar com a arteterapia agora, é interessante saber que ela é uma forma de terapia que utiliza o processo criativo da arte para melhorar o bem-estar físico, mental e emocional.

Nas últimas duas décadas, o campo da arteterapia experimentou um desenvolvimento significativo na pesquisa de sua eficácia. Uma revisão literária em 2000 levantou uma pergunta essencial: a arteterapia funciona? Essa revisão analisou 17 artigos sobre a eficácia da arteterapia, marcando o início de um avanço considerável nesse campo. Vinte anos depois, essa área de pesquisa se expandiu consideravelmente, abarcando uma ampla gama de métodos, tanto qualitativos quanto quantitativos, e focando em diferentes populações e faixas etárias.


Os estudos mais recentes em arteterapia com adultos foram categorizados em sete áreas clínicas:


  • pacientes com câncer,

  • pessoas com diversas condições médicas,

  • clientes com problemas de saúde mental,

  • indivíduos que sofreram traumas,

  • reclusos,

  • idosos e pessoas enfrentando desafios diários sem diagnósticos específicos.


Esses estudos destacam os efeitos potenciais da arteterapia nessas populações e recomendam expansões necessárias para pesquisas futuras no campo, a fim de avançar na compreensão e aplicação da arteterapia.


Por exemplo, em casos de pacientes com câncer, estudos mostraram que a arteterapia pode melhorar significativamente o estado emocional e os sintomas percebidos desses pacientes através de intervenções de curto prazo. Em pessoas com várias condições médicas, estudos preliminares indicam o potencial da arteterapia para ajudar essas populações.

 

📌 A seguir, preparamos um roteiro de flashcards interativos com um breve exercício de escrita terapêutica para momentos de angústia.

Espero que gostem. 👍





 

Referências


  1. Stéphanie, L. (2016). L’art-thérapie en institucional gériatrique: Entre estimulação sensorielle, soutien psychologique et démarche de création [Arteterapia em instituição geriátrica: entre estimulação sensorial, apoio psicológico e processo criativo]. Alteração, 10(1). https://journals.openedition.org/alter/1897

  2. Chatterjee, A., & Vankar, GK (2015). Criatividade e psicose: um exame do estilo conceitual. Pesquisa Psiquiátrica, 227(2-3), 335-339. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2015.04.041

  3. Hu, J., Zhang, J., Hu, L., Yu, H., & Xu, J. (2021). Arteterapia: Um tratamento complementar para transtornos mentais. Biomedicines, 9(9), 1153. https://doi.org/10.3390/biomedicines9091153

  4. Gussak, D. (2018). A eficácia da arteterapia na redução da depressão em populações carcerárias. Jornal Internacional de Terapia de Ofensores e Criminologia Comparada, 62(10), 3250–3268. https://doi.org/10.1177/0306624X18757870





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